domingo, 28 de setembro de 2008

Dia 14 - Uma despesa vinda de 1484

Bem, no último post tinha informado a malta que conseguimos arranjar casa. Pois...

Depois daquela maratona de procura de casa, e de já estarmos há algumas noites no Hotel Galileo, de uma e bem pequenina estrela, encontramos uma casa no centro, com dois quartos, uma grande sala, uma cozinha razoável e uma varanda. Tudo isto num prédio que data de 1484 (!!!).
Com o desespero, porque o nosso hotel já estava cheio para essa noite e com a pressão de perdermos uma das poucas casa disponíveis, aceitámos, apesar do preço não ser nada sugestivo.
No dia seguinte arrependemo-nos, e 2 dias depois fomos ver outra casa os quarto (nós mais duas raparigas). Mas o senhorio não queria estrangeiros. Como não pagámos caução nesta casa, temos um mês para conseguir outra, mas quando a senhoria nos pedir o segundo mês já iremos ter de ficar com esta ou ir viver para uma das ruas apertadinhasde Pisa.

Connosco estavam, nessa altura, duas jovens raparigas, que concordaram também ficar na casa. Elas num quarto, nós noutro. Tudo bem.. até que...

Dia 4/5 (ou algo assim) e seguintes - "As Panhonhas" - Vou vos falar agora de algo que pode acontecer a qualquer um viajante de Erasmus. As nossas companheiras de procura de casa e depois companheiras de casa revelaram-se pessoas não muito do agrado de qualquer pessoa não-masoquista (lol). Autênticas panhonhas como nós as apelidámos depois dos episódios que irei contar.

Logo na primeira noite que dormimos na casa, assumiram controlo de um dos quartos. Que só por acaso era o quarto que tem varanda e muita luz natural. Depois de uma grande discussão sobre quem devia ficar onde, e perante um grande impasse, pensámos em soluções.
Ninguém estava disposto a pagar mais pelo quarto que todos queríam. Então, e como segundo elas o problema era, e era só mesmo esse, o outro quarto ter um beliche e ambas terem pavor a dormir em beliches por ser claustrofóbico, eu desmontei a parte superior do beliche e como havia outra cama nesse quarto o problema estava resolvido.
Mas não, ainda parecia um beliche. Então acabémos por ficar nesse quarto, segundo o acordo de neste mês em que de certeza que ficamos nesta casa, metade elas ficam nesse quarto e na outra metade ficamos nós. (que grande imbróglio pensamos nós).

Durante o aquisição da casa houve confusão porque cá os cartões MB funcionam mal, e no dia do pagamento elas não conseguiram levantar, e nós levantámos a nossa parte e mais algum para cobrir parte da parte delas. E elas no dia a seguir levantavam o resto que faltava pagar à senhoria e davam nos a parte que nós tinhamos coberto por elas. Mas nesse segundo dia todos nós começamos a achar que a casa era estupidamente cara e arrependemo-nos. Então pedimos para pagar um mês apenas e não os dois que a senhoria pretendia (um mais outro de caução). E ainda pensámos em pedir o nosso dinheiro de volta e continuar a procurar. Mas como havia o risco de ela nos expulsar da casa sem nos devolver o deinheiro não o fizémos.

Durante a discussão percebemos que elas achavam que se perdessemos esse dinheiro caso a senhoria não tivesse aceite receber apenas um mês, sem caução, não tinham o dever de nos dar parte do dinheiro perdido (caso a senhoria nos pusesse fora). Ao que eu não reagi muito bem, pois não o tinhamos feito por ingenuidade (como elas nos acusam) mas por boa-vontade, para todos termos uma casa para viver. Enfim... depois acabaram por nos pagar, como é óbvio.

Nos dias segunites o ambiente gelou, pois quando nos cruzámos com elas na rua ou na faculdade, a respostas delas a um olá era o silêncio.
Bem, depois de a resposta quanto à outra casa ter sido negativa ficámos uns dias na esxpectativa. Até que...

Dia 7 - A Revelação - Depois de alguns dias estranhos em termos de ambiente as nossas companheiras chamaram-nos à sala, para dizer que iam embora e que tinham arranjado dois rapazes de Coimbra para vir para esta casa (assim não perderam dinheiro já que eles lhes pagaram o que elas pagaram à senhoria). Antes de irem ainda roubaram um candeeiro de um dos quartos(!) e partiram um encosto de um dos sofás da sala(!!). Nesse dia, Domingo (uma semana atrás), mudámos nós para o quarto das varandas e os rapazes, Pedro e Tiago, ficaram no outro porque disseram que não se importavam. (Quarto esse que apesar de não ter praticamente luz natural, cujo ausência nos incomoda um bocado, até tem uma casa-de-banho pequena e muito mais espaço de arrumação).


E pronto, por hoje já vai longe. Espero começar a actualizar isto diáriamente para não acontecerem coisas como esta :p

Abraço, Vasco

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